Resumo Ao surgirem as primeiras repercussões da construção da Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte, os povos indígenas se manifestaram continuamente contra o empreendimento. A imprensa acompanhou tanto o andamento das obras da Usina quanto as manifestações dos povos indígenas brasileiros em recusa à Usina. Diante disso, a pesquisa almeja investigar a visibilidade e representação desses povos em sites jornalísticos de maior circulação no Brasil e em outros 12 países estrangeiros. A amostragem se constitui de 54 matérias jornalísticas, publicadas entre 2005 a 2017. Por meio da Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (1977), os resultados revelaram que os povos indígenas são descritos pelos jornais como “invasores” e “de menor capacidade”. Os jornais estrangeiros deram mais abertura a fala dos povos indígenas contra a UHE Belo Monte, do que os jornais brasileiros, que priorizaram o discurso do governo e dos interesses políticos.
Abstract With the first repercussions of the construction of the Belo Monte hydroelectric dam, indigenous peoples started a continuous claim making against the project. The press gave attention to both the progress of the plant’s construction and the manifestations of the Brazilian indigenous peoples in refusal of the plant. This research aimed to investigate the visibility and representation of these peoples on news websites of greater circulation in Brazil and 12 other countries. The sample consisted of 54 newspaper articles published between 2005 and 2017. Data were analyzed through Bardin’s Content Analysis (1977) and the results revealed that indigenous peoples are described as “invaders” and “less able” in the newspapers. Foreign newspapers gave more voice to indigenous peoples, for them to express their stance against the Belo Monte dam project, than Brazilian newspapers, while the latter prioritized the government’s discourse and political interests.
Resumen Ao surgirem as primeiras repercussões da construção da Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte, os povos indígenas se manifestaram continuamente contra o empreendimento. A imprensa acompanhou tanto o andamento das obras da Usina quanto as manifestações dos povos indígenas brasileiros em recusa à Usina. Diante disso, a pesquisa almeja investigar a visibilidade e representação desses povos em sites jornalísticos de maior circulação no Brasil e em outros 12 países estrangeiros. A amostragem se constitui de 54 matérias jornalísticas, publicadas entre 2005 a 2017. Por meio da Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (1977), os resultados revelaram que os povos indígenas são descritos pelos jornais como “invasores” e “de menor capacidade”. Os jornais estrangeiros deram mais abertura a fala dos povos indígenas contra a UHE Belo Monte, do que os jornais brasileiros, que priorizaram o discurso do governo e dos interesses políticos.